domingo, abril 28, 2002

Num momento a vida se fazia presente.
As cores tomavam minha vista,
Intenso o sol brilhava,
Intensa a vida se mostrava...

Numa tempestade de cores me perdi,
Nada tinha como certo, nada importava, afinal...
Aqui estava eu, não sabendo se, no momento seguinte,
Ainda estaria em algum lugar...

Mas a tempestade se fechou,
E todas as cores fugiram,
deixando-me somente o negro...
E o negro tomou todo o meu coração,
Preenchendo-me com seu vazio,
Tornando em nada aquilo que outrora pulsava...

E mesmo o negro dilui-se,
Enfraqueceu-se, tornando-se um cinza monótono..
O cinza que hoje tinge minha alma...
O cinza que turva minha visão,
e que me desepera...

Não me lembro qual foi o momento,
ou mesmo o dia em que isso aconteceu...
somente posso ter certeza,
que foi esta a hora em que
começei a me tornar
Amargo...