sexta-feira, fevereiro 11, 2005

No meio do furacão de minhas paixões carnais encontrei-me, sem perceber com o etéreo da vida, com o que há de maior, com o que nos faz mais do que simples homens, ou, melhor dizendo, no que nos transforma em verdadeiros homens.
E, como fantasma de homem que sou, curvei-me e encolhi-me em terror, sem saber o que fazer com tal coisa.
Afastei-me, com o terror em meus olhos, odiei o que não entendi, cuspi na face do amor, fugi para, novamente, encerrar-me em meu casulo, de volta às paixões das quais sou escravo, de volta ao escuro dos meus dias e ao silêncio de minhas noites, de volta ao nada onde habito desde que posso me lembrar.