Hoje eu desejo uma caverna, uma toca, um buraco...
Desejo que me deixem, que não me aborreçam, que não me procurem.
Hoje eu quero ficar como morto, mais que morto, não nascido.
Não quero saudades, não quero amizades...
Preciso ficar em silêncio, virar uma pedra.
Hoje sou um velho de longas barbas, de olhos baços
Trago a boca seca as mãos trêmulas.
Minhas pernas fraquejam, minha voz some.
Vou abrir o vinho que guardava para uma ocasião especial e derrama-lo na pia...
Vou rasgar minhas melhores roupas, vou raspar minha cabeça
Vou queimar meus retratos e minhas memórias.
Hoje vou tentar chorar.
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